A Confederação Brasileira Democrática dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação (Contac-CUT) participou na segunda-feira (18/09) da audiência pública no Senado para discutir a situação dos trabalhadores da JBS e das demais empresas da Holding J&F Investimentos.
O Centro dos Idosos de Ipumirim sediou no último sábado, dia 24, a assembleia de tirada de pauta da negociação salarial deste ano entre o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação (SINTRIAL) e a empresa JBS.
Siderlei de Oliveira, presidente da Contac–CUT fala sobre a preocupação com relação ao desmonte da JBS Friboi logo das inúmeras denúncias que involucram à firma.
Mergulhada em vários escândalos, que vão desde a insalubridade dos seus produtos até o vazamento do esquema de corrupção, envolvendo o próprio presidente Michel Temer e vários de seus aliados no Congresso Nacional, a JBS é a segunda maior devedora do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que mantém aberta uma ação judicial para tentar recuperar essa dívida de mais de R$ 2 bilhões.
O grupo JBS, encurralado em seu país de origem, Brasil, devido aos megaescândalos de corrupção, vendeu todas as suas subsidiárias do Uruguai, Argentina e Paraguai para a concorrente Minerva, por 300 milhões de dólares.
Além de ser a principal processadora de carnes do mundo, a JBS Friboi tem, como tantas outras grandes empresas, um poder descomunal na política brasileira e goza dos favores da maior parte do establishment político do país. Isto fica evidente ao considerar o seu enorme protagonismo nos diversos escândalos vazados recentemente.
O escândalo de corrupção envolvendo a JBS, transnacional produtora de carnes no Brasil, poderá chegar à Argentina, onde as Confederações Rurais (CRA) pediram que a transnacional fosse investigada.
Os meios de imprensa brasileiros deram a notícia de que os donos do grupo JBS, Joesley e Wesley Batista, tinham entregado áudios e vídeos à Procuradoria Geral da República onde o presidente Michel Temer autorizava o pagamento de subornos para Eduardo Cunha, o ex-presidente da Câmara de Deputados e articulador da destituição de Dilma Rousseff, comprando assim o seu silêncio na Operação Lava Jato.
O Tribunal de Contas da União (TCU) acusou os ex-diretores do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) de favorecer a transnacional JBS na compra do frigorífico norte-americano Swift, em 2007.
A Superintendência do Ministério do Trabalho em Goiás (STRE-GO) interditou, nesta quinta-feira (22), o sistema de tubulação que operam gases tóxicos do frigorífico de JBS, em Senador Canedo, Região Metropolitana de Goiânia.
