19
Maio
2017
Com Siderlei de Oliveira
Terremoto político no Brasil
Terremoto político no Brasil
JBS no epicentro do sismo
O governo de Michel Temer à beira do precipício
En Montevideo, Amalia Antúnez

Foto: Gerardo Iglesias
Os meios de imprensa brasileiros deram a notícia de que os donos do grupo JBS, Joesley e Wesley Batista, tinham entregado áudios e vídeos à Procuradoria Geral da República onde o presidente Michel Temer autorizava o pagamento de subornos para Eduardo Cunha, o ex-presidente da Câmara de Deputados e articulador da destituição de Dilma Rousseff, comprando assim o seu silêncio na Operação Lava Jato.
Em diálogo com A Rel, Siderlei de Oliveira, presidente da Confederação Nacional Democrática Brasileira dos Trabalhadores da Alimentação (Contac), disse que o movimento sindical deverá analisar os próximos passos e as medidas a serem tomadas em função deste novo cenário.
“As centrais sindicais do Brasil já tinham planejado uma ocupação em Brasília (Movimento Ocupa Brasília) para a próxima quarta-feira, 24 de maio, mas esta bomba, que explodiu na quarta-feira passada à tarde, provavelmente antecipará ou reforçará esta medida”, informou o dirigente.
Siderlei conta que, assim que souberam das notícias envolvendo Temer, já havia centenas de manifestantes na frente do Palácio da Alvorada gritando Fora Temer.
“Logo depois de a imprensa divulgar a notícia, já havia muita gente se manifestando em Brasília, e em meia hora a avenida Paulista, a principal de São Paulo, estava lotada. O povo saiu às ruas exigindo sua renúncia. Estamos reagindo”, disse esperançoso.
Para o dirigente, este escândalo deve tirar o Temer da Presidência e irá frear – pelo menos por enquanto – as reformas que estavam sendo discutidas, contra as quais o movimento sindical já havia se posicionado.
“O positivo de todo este desastre é que as reformas do trabalho e da previdência não foram votadas e, como a coisa está, não acredito que os congressistas tenham coragem de votá-las justo agora.
“Temer não é o único envolvido. Aécio Neves, líder da oposição, está muito comprometido também. Os irmãos Batista não vão deixar pedra sobre pedra”, afirma.
Siderlei destacou a importância de a população ir para as ruas e ocupar Brasília.
“Não podemos permitir que este bandido continue no governo. É importante que a população vá às ruas se manifestar contra Temer, exigindo sua renúncia.
Isso marcará o caminho para os dirigentes sindicais que, durante estes dias, estarão avaliando e se organizando para atuar”, concluiu.
“As centrais sindicais do Brasil já tinham planejado uma ocupação em Brasília (Movimento Ocupa Brasília) para a próxima quarta-feira, 24 de maio, mas esta bomba, que explodiu na quarta-feira passada à tarde, provavelmente antecipará ou reforçará esta medida”, informou o dirigente.
Siderlei conta que, assim que souberam das notícias envolvendo Temer, já havia centenas de manifestantes na frente do Palácio da Alvorada gritando Fora Temer.
“Logo depois de a imprensa divulgar a notícia, já havia muita gente se manifestando em Brasília, e em meia hora a avenida Paulista, a principal de São Paulo, estava lotada. O povo saiu às ruas exigindo sua renúncia. Estamos reagindo”, disse esperançoso.
Para o dirigente, este escândalo deve tirar o Temer da Presidência e irá frear – pelo menos por enquanto – as reformas que estavam sendo discutidas, contra as quais o movimento sindical já havia se posicionado.
“O positivo de todo este desastre é que as reformas do trabalho e da previdência não foram votadas e, como a coisa está, não acredito que os congressistas tenham coragem de votá-las justo agora.
“Temer não é o único envolvido. Aécio Neves, líder da oposição, está muito comprometido também. Os irmãos Batista não vão deixar pedra sobre pedra”, afirma.
Siderlei destacou a importância de a população ir para as ruas e ocupar Brasília.
“Não podemos permitir que este bandido continue no governo. É importante que a população vá às ruas se manifestar contra Temer, exigindo sua renúncia.
Isso marcará o caminho para os dirigentes sindicais que, durante estes dias, estarão avaliando e se organizando para atuar”, concluiu.