Adolescentes eram contratados por empresas terceirizadas para captura de frangos que abasteciam antiga unidade da Seara (Grupo JBS)

O Ministério Público do Trabalho do estado de Santa Catarina (MPT-SC) iniciou uma investigação policial contra os diretores da JBS Foods Macedo São José (propriedade do Grupo JBS) por submeterem seus trabalhadores a jornadas diárias de mais de 16 horas e outras aberrações típicas da JBS e de todo o setor produtor de carnes do Brasil.

Empresa do grupo JBS deve observar os limites de duração do trabalho sob pena de multa. Auditores fiscais do trabalho comprovaram jornadas superiores a 14 horas. MPT postula condenação em R$ 50 milhões de reais

Enquanto sindicatos reivindicaram ganhos reais acima da inflação que é de 10,33% para o período, a empresa ofereceu aumentos escalonados por faixa de salários, que no apanhado chegou apenas a 8%, registrando perda de 2,33%, considerado inaceitável pelos sindicatos que representam a categoria.

Na quarta-feira passada, dia 20 de janeiro, o Ministério Público Federal do Brasil (MPF) anunciou ter iniciado uma ação judicial penal contra o presidente e vários diretores da transnacional JBS, assim como de outras empresas e bancos, acusados de ter efetuado triangulações financeiras delitivas para encobrir auto-empréstimos.

A empresa, que conta com 35 unidades frigoríficas no país e com outras no exterior, nega-se a oferecer um reajuste salarial com base na inflação do período.

A empresa se nega a negociar com os sindicatos que entraram em greve, reafirmando sua postura antioperária e violentando explicitamente o direito de liberdade sindical.

A transnacional do setor das carnes, uma das maiores do Brasil e do mundo, ignora as justas reivindicações salariais de seus trabalhadores, tentando impor um reajuste inferior à inflação e, como não bastasse, demite aqueles trabalhadores que protestarem.

Desde outubro de 2015, os trabalhadores da BRF, transnacional do setor de carnes, vêm negociando a assinatura de um novo acordo salarial. A empresa, uma das mais poderosas do mundo neste setor, oferece um pequeno reajuste que não chega sequer a cobrir a inflação atual.