24
Enero
2017
Brasil | Sindicatos | OPINIÃO

Taxar as grandes fortunas ao invés de lesar o trabalhador

Artur Bueno Junior
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Artur Bueno Junior | Foto: Gerardo Iglesias

Em tempos de crise, e de avanço do governo federal sobre os direitos dos trabalhadores, é importante voltar ao tema da desigualdade social brasileira, até para mostrar que outras formas são possíveis de se resolver o problema.
Por que não taxar as grandes fortunas, por exemplo? Elas poderiam financiar nosso déficit fiscal, por exemplo.

De acordo com relatório da ONG Oxfam, a fortuna dos seis homens mais ricos do Brasil é equivalente à soma dos dividendos de toda a metade mais pobre da população do país, ou seja, mais de 100 milhões de brasileiros. É muita desigualdade.

São eles, os milionários: Jorge Paulo Lemann, Marcel Hermann Telles e Carlos Alberto Secupira (sócios da Ambev e donos das marcas Budweiser, Burger King e Heinz), Joseph Safra (dono do banco Safra), Eduardo Saverin (co-fundador do Facebook) e João Roberto Marinho (herdeiro do grupo Globo).

Ao focar na restrição maior a aposentadorias e pensões, o governo federal parece estar a mando daqueles que acumulam enormes e intocáveis riquezas.

Quando promete ataques profundos às já precárias condições de vida do brasileiro – como a destruição dos direitos trabalhistas e o aumento de tempo para aposentadoria –, só deixa aos trabalhadores e à população a alternativa de lutar.

Taxação das grandes fortunas: é uma das alternativas apresentadas pelo movimento sindical para sanar nosso déficit fiscal, e colocar as contas do país em dia.

Uma solução bastante pertinente, diante de um cenário de desigualdade tremenda no Brasil, onde há acumulo de riquezas, concentradas na mão de poucos. Um tema óbvio, mas que nem sequer é mencionado por este governo.