08
Febrero
2017
Brasil | Sindicatos | SOCIEDADE

Sindicatos criam frente municipal para combater reformas

STIAL
Brasil Stial reformas 714
Representantes de 17 entidades, a maior parte formada por sindicatos de Limeira, criaram nesta sexta-feira (3) a Frente Municipal em Defesa dos Direitos Previdenciários, Trabalhistas e Sociais.
Com a participação de uma confederação, duas federações, a União Sindical dos Trabalhadores de Limeira (USTL), o Fórum Sindical dos Trabalhadores (FST) e a Associação dos Trabalhadores Aposentados de Limeira (Atapil), o grupo vai realizar manifestações públicas contra as reformas Trabalhista e Previdenciária, pretendidas pelo governo federal.

“Já nos próximos dias, vamos buscar a Tribuna Livre da Câmara Municipal, além de tentar articular uma moção de repúdio contra as reformas, entre os vereadores. O próximo passo será um protesto em frente ao Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) de Limeira”, adiantou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins de Limeira e Região (Stial), Artur Bueno Júnior.

A reunião ocorreu na sede do sindicato, e contou com uma exposição do presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins (CNTA), Artur Bueno de Camargo, sobre o tema.

“Não adianta as entidades brigarem somente em Brasília, para pressionar os políticos contra as reformas. É na base eleitoral deles que precisamos deixar clara a nossa insatisfação”, apontou.

O presidente da USTL, Benedito Honório Barbosa, lembrou do processo de combate à corrupção por que passa o país, e discorda que as reformas têm a prioridade estabelecida pelo governo. “Estamos vendo o mar de lama no noticiário. Grande parte dos políticos é culpada pela situação do Brasil, e não o trabalhador”, criticou.

Reformas

Artur Bueno de Camargo elencou tópicos da Reforma Trabalhista, como a prevalência do negociado sobre o legislado, que para ele representa risco À CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas).

“Coloca em risco direitos fundamentais, como as férias. Já a alteração na jornada de trabalho, com ampliação para 12 horas diárias, pode aumentar o número de acidentes e doenças ocupacionais”, analisou.

A Reforma Previdenciária, segundo ele, deve ser “combatida como um todo”. “O projeto é muito ruim, e não dá para remendar. O estabelecimento de uma idade mínima de 65 anos para homens e mulheres, e o tempo mínimo de contribuição de 49 anos para a aposentadoria com proventos integrais, são os pilares cruéis de uma medida que afronta o trabalhador”, enfatizou.

Para sanar o déficit da Previdência, defendeu ele, o governo deveria primeiro cobrar os grandes devedores, “grandes grupos empresariais que não são incomodados”. “Além disso, é preciso melhorar a eficiência do Ministério do Trabalho no combate aos acidentes e doenças ocupacionais, que tanto lesam o INSS”, finalizou.

Brasil Stial reformas 714i

Fotos: STIAL