19
Outubro
2016
Brasil | Sindicatos | BEBIDAS

Unidade sindical e luta

En Praia Grande, Gerardo Iglesias
20161019 Marcelo Nascimento Seixas 714

Marcelo Nascimento Seixas | Foto: Gerardo Iglesias

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Bebida do estado de Goiás, Marcelo Nascimento Seixas, representando 2 mil trabalhadores, conversou com A Rel sobre as dificuldades enfrentadas pelos trabalhadores do setor, principalmente aqueles que trabalham em grandes transnacionais como a Ambev e a Coca Cola. Marcelo também considerou positivo o ingresso de sua organização para a UITA.
-Quais empresas operam em sua base sindical?
-Representamos trabalhadores da Coca Cola (Grupo Bandeirantes), das cervejarias Ambev, Skincariol e Itaipava, além de algumas empresas de água instaladas recentemente no estado.

-Todas as empresas citadas por você cresceram de forma constante, obtendo lucros importantes. Contudo, são também as que mais resistem em melhorar as condições dos seus trabalhadores...
-Pois é, são empresas que se caracterizam por uma atitude fechada com relação aos processos de negociação. Tratam os seus trabalhadores com rédea curta.

É muito difícil avançar na negociação coletiva com estas empresas. É por isto, que o Sindicato quer, principalmente em momentos de crise como este, que os trabalhadores e trabalhadoras permaneçam unidos à organização sindical. 

Nós, dirigentes, somos apenas os representantes dos trabalhadores.

-Quais são os principais problemas que vocês enfrentam neste momento?
-Atualmente, estamos enfrentando sérias dificuldades com a Ambev, que vem infringindo a legislação trabalhista e despedindo trabalhadores sem justa causa.

A Ambev não aceita nem respeita o Sindicato.

Estamos tentando fazer com que a empresa mude de atitude. Para isso, entramos com uma ação na justiça.

-A terceirização também é um problema?
-Sem dúvida. Este é um problema enorme que enfrentamos, principalmente com a Ambev, por manter 30 por cento de seu pessoal terceirizado.

Estas são algumas das razões pelas quais estamos trabalhando em parceria com a UITA. Acreditamos que o seu apoio internacional dará mais força à nossa luta por melhores condições salariais e de trabalho.

Tradução de Luciana Gaffrée