Trabalhadores do Brasil, unam-se antes que o diabo os leve

-Este VI Congresso da Alimentação está acontecendo em um momento bastante complicado para o movimento sindical brasileiro. O que você acha disso?
-Eu acho que o VI Congresso surge na hora certa, apesar da situação vivida pelo país, porque nele poderemos debater as diretrizes para o setor da alimentação, organizar um plano de luta para enfrentar os desafios futuros e levá-lo aos outros setores de produção. Chegou o momento da unidade da classe operária contra as propostas de retrocesso oferecidas pela patronal e pelo governo.
Llegó el momento de la unidad de la clase obrera contra las propuestas de retroceso planteadas por la patronal y el gobierno.

Temos que entender que apenas unidos poderemos fazer frente aos ataques sofridos.

Independentemente do setor ou da central sindical pertencentes, os trabalhadores precisam se unir.

-Uma pauta empresarial que, por outro lado, conta com um amplo apoio do Congresso...
-Exatamente. Não podemos nos esquecer que 80 por cento do Congresso brasileiro está formado por empresários e ruralistas, portanto qualquer proposta ameaçando os direitos dos trabalhadores será aprovada facilmente.

-Entretanto, nem todos os dirigentes sindicais estão avaliando a atual conjuntura com essa mesma gravidade...
-É certo. Estamos conscientes disso e, portanto, pretendemos levar às nossas bases sindicais as propostas que surgirem neste VI Congresso da Alimentação, buscando discuti-las.

Os trabalhadores precisam saber que coisas podem perder, quais são os direitos que estão em jogo com a reforma trabalhista proposta pelo governo e que poderá entrar em discussão no Senado até o final do ano.

A CNTA está realizando uma série de debates e estudos para poder contar com uma planificação que nos permita enfrentar todas as ameaças que estão vindo em nossa direção. 

Urge começar a debater e a informar, visando estarmos prontos para enfrentar os retrocessos e combatê-los com argumentos claros, chegada a hora.