19
Setembro
2017
Nicaragua | Sindicatos | COCA COLA

SUT-INARSA e seus 38 anos de luta sindical

Um firme compromisso com a estabilidade no trabalho e contra a terceirização

En Managua, Giorgio Trucchi
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Daniel Reyes   

Neste 17 de setembro, o Sindicato Único dos Trabalhadores da Indústria Nacional de Refrescos S.A.  (SUT-INARSA, Coca Cola Femsa) realizou sua Assembleia Geral, durante a qual foram divulgados os avanços conquistados no último ano, assim como os desafios pendentes.
Em seu discurso de abertura, Daniel Reyes, reeleito secretário geral do SUT-INARSA, lembrou que este sindicato sempre trabalhou em benefício de todos os trabalhadores, e vem crescendo e se fortalecendo ano após ano, contribuindo para a garantia da estabilidade do trabalho na empresa.

Vocês são a fonte e a vida desta empresa. Poderá haver milhares de gerentes e chefes, mas os que movem este enorme processo produtivo somos nós, os trabalhadores.

Sintam-se orgulhosos. Vocês são a alma e a musculatura desta empresa. Nunca abaixem a cabeça diante de nada nem de ninguém. As trabalhadoras e os trabalhadores são aqueles que geram a riqueza de um país. Nunca se esqueçam disso”, enfatizou Reyes.

O dirigente sindical manifestou também que devem se sentir orgulhosos por pertencerem a um sindicato que soube se consolidar e crescer durante 38 anos.

Após as saudações de Marcial Cabrera, secretário geral da Futatscon1, em nome da Rel-UITA e de seu secretário regional, e de Martha Mercado, secretária da Organização do Sindicato “Gutiérrez y Martínez” do Hotel Crowne Plaza Managua, quem tomou a palavra foi Luis Reyes Navarrete, para apresentar o relatório de gestão correspondente ao período 2016-2017.

Vitórias e desafios
A queda na terceirização
Reyes Navarrete disse que visando a combater o flagelo da terceirização, o SUT-INARSA negociou a contratação, de forma permanente, de 22 pessoas que estavam terceirizadas em diferentes áreas de trabalho.

Também acompanharam o processo de reestruturação estipulado no ano passado entre a empresa e a Femsa, obtendo assim mais 4 rotas e o compromisso de que cada rota leve pelo menos 12 mil caixas.

O dirigente sindical explicou que se negociou com a empresa uma aposentadoria, justa e meritória, de seis trabalhadores. Também foram formadas 10 comissões paritárias, obtendo a reincorporação de 7 operários injustamente despedidos.

Além disso, continuou-se com o trabalho de formação sindical do pessoal e de capacitação em higiene e segurança no trabalho, ao mesmo tempo em que 90 por cento das perguntas feitas pelos filiados dos Centros de Distribuição (CEDI) de Leon e Masaya foram atendidas.

Reyes Navarrete também informou de um novo convênio coletivo assinado, no valor de aproximadamente 59 milhões de córdobas (quase 2 milhões de dólares) anuais, com um aumento médio de 12 por cento e algumas cláusulas de até 18 por cento.

Também conseguiram um ajuste salarial geral de 4,13 por cento para todos os trabalhadores.

A direção agradeceu publicamente à Rel-UITA, à Felatrac2 e à Futatscon pelo apoio incondicional recebido e por estarem constantemente atentos aos acontecimentos que marcam a vida do sindicato e de seus filiados.

Desafios a enfrentar
Estabilidade no trabalho e defesa dos direitos
Para o secretário de Finanças, entre os principais desafios para a nova comissão diretora, estão a estabilidade no trabalho e o respeito pelos direitos trabalhistas e sindicais, assim como continuar reduzindo a terceirização e aumentar a filiação sindical.

Finalmente, lembrou que em abril do próximo ano está previsto o início da negociação do novo convênio coletivo.

Após aprovar o relatório financeiro, a Assembleia Geral nomeou a nova direção, confirmando Daniel Reyes como secretário geral.

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Daniel Reyes - Martha Mercado - Marcial Cabrera  | Fotos: Giorgio Trucchi  

1 Federação Unitária dos Trabalhadores da Alimentação da Nicarágua
2 Federação Latino-americana dos Trabalhadores da Coca Cola