01
Setembro
2016
Brasil | Sindicatos | MUJER

Por um maior protagonismo da mulher

Sem espaço para a discriminação

En Praia Grande, Gerardo Iglesias
20160901 Neuza714-476

Neuza Barbosa de Lima | Foto: Gerardo Iglesias

Entre os dias 25 e 26 de agosto, foi realizado em Praia Grande, no estado de São Paulo, o VI Congresso Nacional de Alimentação da CNTA. Naquela oportunidade A Rel conversou com Neuza Barbosa de Lima, dirigente sindical da confederação e da Rel-UITA, sobre os desafios atuais para o movimento sindical brasileiro, entre eles, o de ser sindicalista mulher, desafio ainda presente neste meio.
-Como você avalia este VI Congresso?
-Ele acontece junto num momento de muita efervescência social e política, dentro de um contexto pouco favorável para a classe trabalhadora.

Espero que todos os debates surgidos neste sexto congresso possam gerar propostas de trabalho e plataformas de luta para o setor da alimentação e que também sirvam de referência para o movimento sindical brasileiro.

-A partir do debatido, o que faltaria melhorar ou corrigir no movimento sindical?
-Uma das dívidas histórias é com o papel das mulheres, e como somos excluídas.

Como sempre, estamos exigindo um maior protagonismo dentro das esferas de decisão de nossas organizações.

De nada serve assinar acordos internacionais, se dentro dos sindicatos não há a participação das mulheres, dos jovens ou de outros setores, como a coletividade LGBT, em cargos que não sejam meramente ornamentais.

A esta altura do campeonato, não é possível que ainda existam condutas discriminatórias e de exclusão dentro das organizações sindicais.

-Mais que nunca os sindicatos devem estar de portas abertas...
-Sem dúvidas. Acredito que aqueles que não abrirem as portas e a cabeça para estas coletividades e não entenderem o direito delas de terem um espaço onde possam apresentar e discutir os seus problemas, correm o risco de ficar sós, dentro de organizações ocas por dentro.

20160901 Neuza714

Neuza Barbosa de Lima e Gerardo Iglesias | Foto: Carlos Silva Moreira

Tradução: Luciana Gaffrée