14
Março
2016
República Dominicana | Sindicatos | MUJER

Na luta pela equidade

Fenamutra e filiadas da UITA apresentarão pauta nacional de reivindicações do movimento operário com perspectiva de gênero

En Montevideo, Amalia Antúnez
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Foto:Gerardo Iglesias
Em 7 de março, durante as comemorações do Dia Internacional da Mulher, a Federação Nacional de Mulheres Trabalhadoras (Fenamutra) organizou um encontro conjuntamente com outras filiadas à UITA na República Dominicana. Ruth Díaz, presidenta da organização, conversou com A Rel sobre suas propostas.
Nessa ocasião, também houveo lançamento de uma campanha nacional de reivindicações com perspectiva de gênero. 

“Estamos exigindo do governo que 5 por cento do orçamento sejam destinados à saúde e aos programas de prevenção focados nas mulheres, que são a população mais vulnerável em vários sentidos”, destacou.

“Na República Dominicana,o sistema de saúde é muito deficiente e ineficaz, as mulheres são as que mais perdem, porque geralmente são as cuidadoras dos doentes, uma situação que as leva a faltarem ao trabalho ou mesmo o perderem, deixando-as mais dependentes e, portanto, mais vulneráveis”.

Em ano eleitoral – a República Dominicana realizará eleições gerais em maio – as filiadas à UITA, apoiadas pela Regional, apresentarão aos presidenciáveis um documento registrando suas principais reivindicações.

O eixo principal do pedido, destacou Díaz, é “o respeito pelos direitos trabalhistas baseado na legislação dominicana, mas principalmente o respeito pelas liberdades sindicais”.

Mais mulheres nos sindicatos
Mais mulheres nos níveisde tomada de decisão
Consultada sobre as dificuldades que as trabalhadoras ainda enfrentam, a dirigente afirmou que,apesar de no país existir uma cota de gênero no nível político, as mulheres geralmente são relegadas aos postos secundários.

Ainda não encontramos mulheres em postos de tomada de decisão, nem nos organismos públicos, nem em cargos políticos, e nem em sindicatos mistos ou nas centrais sindicais. 

Isso, infelizmente, faz com que as cotas de gênero existam apenas como decoração”, denunciou.

Em uma mensagem às trabalhadoras, Díaz enfatizou que houve avanços, mas ainda falta muito.

“Faço um chamado à consciência para continuarmos lutando pelos nossos direitos, em direção à equidade, fortalecendo nosso Clamu e a participação das mulheres na UITA e no movimento sindical em geral’, concluiu.
 
Tradução Luciana Gaffrée