05
Dezembro
2016
Com Carlos Luch
Femsa readmite trabalhadores despedidos em Jalapa
Acordo bipartite permitiu superar a crise trabalhista
En Managua, Giorgio Trucchi
Foto: Giorgio Trucchi
Na noite de 30 de novembro, o Sindicato dos Trabalhadores da Engarrafadora Central S.A (STECSA) e a EMBOCEN, subsidiária na Guatemala da Coca Coca Femsa (KOF), chegaram a um acordo colocando fim a dois meses de conflito, garantindo a estabilidade no trabalho e salvaguardando os direitos adquiridos.
“Estamos muito satisfeitos porque estão sendo restituídos os direitos que haviam sido ameaçados. Todos os companheiros da Agência de Jalapa voltaram aos seus postos de trabalho a partir de segunda-feira, 5 de dezembro”, disse para A Rel, Carlos Luch, secretário geral do STECSA.
“Conseguimos boa parte dos objetivos traçados, garantindo a estabilidade no trabalho, condições de trabalho adequadas e salários dignos. Isto é o mais importante”, acrescentou o dirigente sindical.
“Conseguimos boa parte dos objetivos traçados, garantindo a estabilidade no trabalho, condições de trabalho adequadas e salários dignos. Isto é o mais importante”, acrescentou o dirigente sindical.
Um acordo satisfatório
“Saímos mais fortalecidos da crise”
O acordo bipartite, obtido após várias reuniões durante as últimas duas semanas, prevê que a empresa reconheça a antiguidade e a continuidade dos seus 22 trabalhadores no momento de sua demissão, incluindo o período de inatividade forçada de 3 de outubro a 4 de dezembro de 2016.
A empresa também reconhecerá o pagamento de 50 por cento dos salários que não foram pagos ao pessoal de vendas e de 100 por cento do salário não pago ao pessoal da bodega. A base para calcular os montantes a serem pagos será a média mensal recebida nos últimos três meses anteriores à data da demissão ilegal.
As partes concordaram também em implementar, de forma gradual, um sistema de venda prévia nas rotas comerciais da empresa. Para isso, criaram uma comissão bipartite que se reunirá mensalmente para analisar o andamento do projeto.
Este novo sistema de distribuição de produtos começará a funcionar a partir de 2 de janeiro de 2017 na agência de Jutiapa e, possivelmente, na de Jalapa. A data da implementação nos demais centros de distribuição será devidamente comunicada ao Sindicato com, pelo menos, 30 dias de antecedência.
A Femsa garantiu que a implementação do sistema de venda prévia “não implica a redução nem a eliminação de postos de trabalho, nem de pessoal”, como dito no acordo que, entre outros pontos, define também todas as características e o funcionamento do novo sistema.
As partes também decidiram “desistir de forma total perante as autoridades administrativas e judiciais do trabalho e previsão social” de denunciar e entrar com ações na justiça relacionadas com demissões, bem como respeitar e cumprir fielmente os termos e condições tanto do acordo bipartite, como do convênio coletivo vigente e da legislação nacional e internacional do trabalho.
Finalmente, ambas as partes se comprometeram em manter “relações harmoniosas, baseadas no respeito mútuo e na comunicação fluída”. Também não realizarão “ações de agressão uma contra a outra”, conclui o acordo.
A empresa também reconhecerá o pagamento de 50 por cento dos salários que não foram pagos ao pessoal de vendas e de 100 por cento do salário não pago ao pessoal da bodega. A base para calcular os montantes a serem pagos será a média mensal recebida nos últimos três meses anteriores à data da demissão ilegal.
As partes concordaram também em implementar, de forma gradual, um sistema de venda prévia nas rotas comerciais da empresa. Para isso, criaram uma comissão bipartite que se reunirá mensalmente para analisar o andamento do projeto.
Este novo sistema de distribuição de produtos começará a funcionar a partir de 2 de janeiro de 2017 na agência de Jutiapa e, possivelmente, na de Jalapa. A data da implementação nos demais centros de distribuição será devidamente comunicada ao Sindicato com, pelo menos, 30 dias de antecedência.
A Femsa garantiu que a implementação do sistema de venda prévia “não implica a redução nem a eliminação de postos de trabalho, nem de pessoal”, como dito no acordo que, entre outros pontos, define também todas as características e o funcionamento do novo sistema.
As partes também decidiram “desistir de forma total perante as autoridades administrativas e judiciais do trabalho e previsão social” de denunciar e entrar com ações na justiça relacionadas com demissões, bem como respeitar e cumprir fielmente os termos e condições tanto do acordo bipartite, como do convênio coletivo vigente e da legislação nacional e internacional do trabalho.
Finalmente, ambas as partes se comprometeram em manter “relações harmoniosas, baseadas no respeito mútuo e na comunicação fluída”. Também não realizarão “ações de agressão uma contra a outra”, conclui o acordo.
A solidariedade foi fundamental
“Nunca teríamos conseguido sem vocês”
“O Sindicato deverá sair fortalecido de todos os conflitos. Neste caso, conseguimos converter a crise em uma fonte de unidade, reflexão e força. E estamos conscientes de que nunca teríamos conseguido sem toda essa enorme solidariedade”, manifestou Luch.
O dirigente sindical e os trabalhadores da Agência Jalapa agradeceram infinitamente a solidariedade da Regional Latino-americana da UITA, da Felatrac e de seus sindicatos filiados, da Festras e das organizações nacionais que nos acompanharam permanentemente durante estes meses tão difíceis.
Recordaram a importância de o STECSA ter podido se reunir com todos os sindicatos filiados à Felatrac durante a XV Conferência Regional Latino-Americana da UITA.
“Foi fundamental o acompanhamento constante da Festras e da Felatrac por, de forma constante, terem realizado gestões com a Femsa em um nível altíssimo, e Pablo Quiroga, seu secretário geral, por sua participação na primeira reunião entre a transnacional e o Sindicato em Manágua, Nicarágua, depois do fechamento da agência.
Uma vez mais ficou demonstrado que, através da unidade e da solidariedade, podemos derrubar qualquer muro e garantir a defesa dos direitos trabalhistas e sindicais”, concluiu Luch.
O dirigente sindical e os trabalhadores da Agência Jalapa agradeceram infinitamente a solidariedade da Regional Latino-americana da UITA, da Felatrac e de seus sindicatos filiados, da Festras e das organizações nacionais que nos acompanharam permanentemente durante estes meses tão difíceis.
Recordaram a importância de o STECSA ter podido se reunir com todos os sindicatos filiados à Felatrac durante a XV Conferência Regional Latino-Americana da UITA.
“Foi fundamental o acompanhamento constante da Festras e da Felatrac por, de forma constante, terem realizado gestões com a Femsa em um nível altíssimo, e Pablo Quiroga, seu secretário geral, por sua participação na primeira reunião entre a transnacional e o Sindicato em Manágua, Nicarágua, depois do fechamento da agência.
Uma vez mais ficou demonstrado que, através da unidade e da solidariedade, podemos derrubar qualquer muro e garantir a defesa dos direitos trabalhistas e sindicais”, concluiu Luch.
Fotos: STECSA
1 Federación Latinoamericana de Trabajadores de Coca Cola
2 Federación Sindical de Trabajadores de la Alimentación, Agroindustria y Similares