A Rel-UITA se une ao repúdio pelos inúmeros casos de violência contra líderes do campo e sindicalistas. Junto à Confederação Nacional dos Trabalhadores da Agricultura (CONTAG), sua filiada, se pergunta: até quando?

“A investigação não revelou dados novos. O que já foi comprovado é que o crime não foi motivado por roubo, e a forma bárbara como atuaram os assassinos deixa muito o que pensar”, disse Elias D’Ângelo, secretário de Políticas Agrárias da CONTAG, ao se referir aos recentes assassinatos da dirigente camponesa Terezinha Rios Pedrosa e seu esposo Aloísio da Silva Lara.

A Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Mato Grosso, por meio da sua diretoria e dos sindicatos filiados, lamenta profundamente o brutal assassinato da companheira Terezinha Rios Pedrosa, e do seu esposo, Aloísio da Silva Lara.

Assessor de Política Agrária da Secretaria Geral da Confederação Nacional de Trabalhadores e Trabalhadoras da Agricultura (Contag), Alonso Batista dos Santos, formado em História pela UNEMAT, dedica-se profundamente ao trabalho desta Secretaria, focando-se principalmente nos conflitos agrários, na concentração da terra e em sua estrangeirização.

O Brasil, país onde começou nesta segunda, 10 de julho, a 39 reunião do Comitê Executivo Latino-Americano da UITA, é um laboratório do preocupante porvir da América Latina: o “desmonte” das conquistas do movimento operário por parte das forças conservadoras.

No final de maio, o violento estado do Pará foi cenário de um novo massacre de camponeses no município de Pau D’Arco. Em um episódio com aspecto de execução e que ainda não foi esclarecido, nove homens e uma mulher foram assassinados na fazenda Santa Lúcia.

Líderes camponeses e trabalhadores rurais são as principais vítimas de um conflito agrário que se intensifica a cada dia. Na quinta, 4 de maio, Kátia Martins, líder comunitária e presidenta da Associação dos Trabalhadores e das Trabalhadoras do Assentamento 1 de Janeiro, foi assassinada na frente de seu neto de 8 anos.

A vítima dessa vez foi Kátia Martins, presidente da Associação dos Trabalhadores (as) do acampamento 1º de Janeiro, em Castanhal, nordeste paraense.