Na sexta-feira, 27 de maio, enquanto o coronel uruguaio Manuel Cordero escutava em Buenos Aires como a justiça argentina o condenava a 25 anos de prisão por sua participação na Operação Condor, um de seus camaradas. José Gavazzo, que tinha participado nos mesmos sequestros, torturas e desaparecimentos, era liberado em Montevidéu para poder ir ao aniversário de sua neta. Paradoxos da justiça e dos processos políticos entre as duas margens do Rio da Prata.

“Passei grande parte da minha vida lutando contra a ditadura, lutando pela democracia, e não acreditei que ia ter que viver isto. Infelizmente, sei com certeza que o tempo que me sobra não será suficiente para ver o país que imaginei, e pelo qual lutei”, assinala, com um claro sentimento de frustração em sua voz, Jair Krischke, ativista e defensor dos direitos humanos, histórico militante social e assessor da Rel-UITA.

Para o ativista e defensor dos direitos humanos Jair Krischke, e assessor da Rel-UITA, o deputado ofendeu todos os brasileiros, independentemente da ideologia de cada um, ao homenagear um reconhecido torturador durante a votação do processo de destituição promovido contra a presidenta Dilma Rousseff, no dia 17 de abril, domingo passado, na Câmara de deputados.