O empresariado oferece reajuste salarial inferior à inflação e quer anular o pagamento das horas in itinere, entre outras coisas

O presidente interino da Federação de Trabalhadores da Indústria de Alimentação de São Paulo (Fetiasp) participou da XV Conferência da Rel-UITA, realizada no final do ano passado na República Dominicana. Conversamos com ele sobre o evento e sobre a atual situação dos trabalhadores e trabalhadoras no Brasil.

De 23 a 25 de janeiro, uma missão internacional das organizações Banana Link, GMB, Fórum Internacional de Direitos Trabalhistas (ILRF), 3F e a UITA permaneceu em Honduras para monitorar a grave situação das empresas produtoras de melão de propriedade da transnacional fruteira irlandesa Fyffes. A seguir A Rel transcreve um comunicado emitido pela missão, na segunda-feira, 30 de janeiro.

A recente XV Conferência da Rel-UITA, realizada na República Dominicana, reuniu dirigentes de diversos países da região em um momento complexo e de perda de direitos para a classe trabalhadora. Dialogamos nesta oportunidade com Artur Bueno de Camargo, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Alimentação e Afins (CNTA Afins) sobre sua avaliação do encontro.

A empresa transnacional de produtos frescos Fyffes é membro da Iniciativa de Comércio Ético (ETI, siglas em inglês de Ethical Trading Initiative). Sua prática diária deveria ser regida por um ‘Código de Conduta Ética’, garantindo os direitos trabalhistas, sindicais e humanos. Ao escutar as histórias dos trabalhadores/as produtores de melões nas terras da Fyffes em Honduras, espontaneamente surge a pergunta: de que ética estamos falando?

Em outubro passado, foram realizadas as eleições do Centro Gremial Maltagem Uruguai (CGMU), cujo resultado foi uma grande mudança na Comissão Diretora. Em entrevista com A Rel, Álvaro Correa e Raúl Cameroni, os novos presidente e vice-presidente, falam sobre as expectativas e os desafios de uma direção nova e impetuosa, e que quer mudanças.

Horas excessivas de trabalho sem remuneração adicional, acúmulo de funções, remuneração baixa mesmo em se tratando de um dos setores da economia que mais cresce no mundo, episódios frequentes de assédios moral e sexual e baixo grau de proteção institucional aos empregados. Essa é a realidade a qual as trabalhadoras e trabalhadores do setor hoteleiro têm de conviver diariamente, em especial as camareiras – a subcategoria mais numerosa e considerada a mais desprotegida e explorada do segmento.