Conhecido como O Cravo Negro na resistência ao nazismo, o sueco Harald Edelstam salvou vidas também no Chile de Pinochet

Porto Alegre se orgulha de ter uma praça chamada Harald Edelstam", disse Jair Krischke, presidente do Movimento de Justiça e Direitos Humanos de Porto Alegre (MJDH), promotor junto à Rel-UITA do projeto de lei assinado em 25 de agosto, dando a uma praça da cidade o nome do diplomata sueco, em sua homenagem póstuma.

Porto Alegre homenageou, nesta quinta-feira, 25, com o nome de uma praça no bairro Jardim Botânico, o diplomata sueco Gustav Harald Edelstam. Nascido em 1913, em Estocolmo, o diplomata foi responsável por manter vivas centenas de vítimas de regimes como o nazismo, na Alemanha, e a ditadura de Pinochet, no Chile.

Os esforços deram seus frutos, as promessas se cumpriram e em 25 de agosto o prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, assinará a lei que criará na cidade a Praça Harald Edelstam, em homenagem ao embaixador sueco que salvou a vida de muitos refugiados latino-americanos.

“Numa cultura do esquecimento, cada vez é mais importante resgatar a memória”, são as palavras de um Jair Krischke emocionado e feliz ao ver o projeto de lei apresentado pelo Movimento de Justiça e Direitos Humanos, com o apoio da Rel-UITA, há três anos, ser aprovado. Finalmente uma praça de Porto Alegre receberá o nome do diplomata sueco que, no golpe de estado do Chile em 1973, arriscando a própria vida, salvou tanta gente da morte.

Para que nunca se esqueçam os atos de tortura cometidos durante a ditadura no país e, especialmente, em Porto Alegre, o Movimento de Justiça e Direitos Humanos e a prefeitura afixaram nesta segunda-feira, 27, uma placa na calçada da av. Bento Gonçalves, em frente ao número 4592, onde existiu um local da prática no período de exceção.